UBIRAJARANDO
terça-feira, 30 de abril de 2024
AGENTES HUMANITÁRIOS INTERNACIONAIS DEVERIAM OCUPAR GAZA PARA EVITAR QUE ISRAEL MATE MILHARES DE INOCENTES
quarta-feira, 29 de novembro de 2023
A VIOLÊNCIA ESTÁ NO PROJETO CAPITALISMO - a voz da experiência de um militante do Movimento das Comunidades Populares (MCP), José Bezerra de Araújo, morador de Manguinhos, RJ.
“A gente vive um modelo falso de sociedade no qual, até essa palavra, sociedade, é uma mentira. No sistema que a gente vive tudo é feito para controlar o povo com mentiras. Mentiras que existem para as pessoas não verem as causas dos problemas. As pessoas só conseguem ver as consequências dos problemas que vivemos. A situação é muito complexa. O modelo econômico é esse que está aí mesmo. No projeto capitalista está a violência. A violência é a forma de manter as pessoas acuadas sem capacidade de reagir, incapaz de fazer alguma coisa. Isso aí está no projeto capitalista. Então, todos que entram para administrar por meio de eleições, é, para administrar isso. As eleições são uma farsa sobre a democracia no Brasil. Nunca existiu democracia no Brasil. Todas as pessoas que assumem a administração pública até falam nesse assunto antes da eleição, mas depois que chegam lá, trabalham nesse projeto capitalista. Então, esse projeto capitalista, é, cada vez mais, arrochar um pouquinho mais, e, a violência é uma forma de diminuir essa população sobrante, a qual o sistema não está mais precisando. Quanto mais enfraquecer essas classes, melhor para o controle. Diante de tudo isso, é muito importante termos os pés no chão, e, se quiser fazer alguma coisa, é um trabalho a longo prazo. Eu não vejo solução a curto prazo. Esse tem de ser um projeto a longo prazo, que é preciso ir para as bases. Semana passada teve um economista do IPEA aqui (Carlos Ocké), Ele foi muito claro. Ele disse que só a sociedade pode dar jeito nessa situação que a gente atravessa. Estou com os pés no chão para trabalhar. Estou com 70 anos, não sei por quanto mais tempo eu vou viver, mas enquanto eu respirar, eu vou está trabalhando para isso aí. Eu sei que e difícil, mas mais difícil ainda é não fazer nada.”
Palavras de José Bezerra de Araújo, Conselheiro do CGI e militante do MCP Manguinhos, na ENSP/Fiocruz, na reunião preparatória da oficina "Território, violências e cidadania” do grupo de trabalho da Fiocruz, construindo diretrizes para definição de uma política desta instituição para tratar das relações entre saúde e os diferentes tipos de violências que afetam a vida no Brasil. Mais um pouco da voz do Bezerra em https://www.youtube.com/user/enspcci
Entrevista ao Instituto de Estudos Libertários
segunda-feira, 27 de novembro de 2023
PASSAGEM SUBTERRÂNEA ESTAÇÃO DO METRÔ FLAMENGO/MORRO AZUL: DO DESCASO DO METRÔ RJ À INDIFERENÇA DA POPULAÇÃO
sexta-feira, 26 de junho de 2020
UM VÍRUS VEM LOUCO (fazendo revolução)
sábado, 18 de janeiro de 2020
NACIONAL”ISMO” OU/E PATRIOT"ISMO” EIS A CONTROVÉRSIA.
*Ubirajara Rodrigues
Estamos vivendo momentos confusos de formação de identidade nacional aparentemente crucial no processar histórico brasileiro. São escândalos republicanos sucessivamente acontecendo, e, o mais perigoso nessa transição forçada pelas circunstâncias (como o é o caso brasileiro); são as articulações engendradas pelos aproveitadores investidos de poder se arvorarem em apressar golpes sutis de cunho ideológico na tentativa de aprofundar tendências políticas afeitas a manter o país dividido em opiniões que contradizem a diversidade democrática numa sociedade plural tal qual o é a nação brasileira, mesmo já tendo passado muito sufoco na sua História, que vem sendo construída sob a égide do suor e sangue. Chegou-se ao ponto de levarem a opinião pública a inteira confusão inepta, de comparar estágios históricos passados, sob circunstâncias existenciais totalmente diferentes com fatos recentes de nossa história. Ora, por mais que a História do Brasil seja uma continuidade das histórias da Europa e da África, evidentemente, nessa movimentação ocupamos um espaço nacional geográfico no mundo, sobre o qual exercemos direta e indiretamente o nosso patriotismo. Deste modo, somos nacionalistas ao reconhecermos nossa brasilidade somada com toda sua diversidade sócio/econômico/étnico/cultural, guardando os seus matizes que nos fortalece perante ao mundo, enquanto povo formador de identidade plural: uma nação multiétnica sobre o solo pátrio brasileiro. Somos um conceito sui generis de formação nacional profundamente diferente das nações europeias, africanas, asiáticas, porque na atualidade brasileira se caminha tomando consciência da importância do potencial regional para o desenvolvimento local e sustentável eivado de sentimento nacional e pátrio como qualquer outro povo identificado com os seus ideais, suas bandeiras, suas capacidades; os Estados Unidos é assim, o Canadá é assim, a China é assim, o Japão é assim, a Inglaterra é assim, a Rússia é assim, a Finlândia, Angola, África do Sul, esses e tantos outros países são assim. Não nos deixemos levar pela onda de interesses escusos soltos por aí. Foquemos nas nossas ações territorializadas, em conexão universal pela sociabilidade e bem comum, e, na medida do possível evitemos os controvertidos “ismos” para não retardarmos ainda mais o nosso processo evolutivo nacional brasileiro.
*Ubirajara Rodrigues é artista plástico, prof. de arte e cultura, historiador
Colabore para o Ubirajara fortalecer suas atividades culturais e sociais adquirindo seus escritos: ebook O Poder Místico de Anastácia e Copa do Outro Mundo.
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sexta-feira, 3 de janeiro de 2020
QUEM GANHA COM O RIO DE JANEIRO?
sexta-feira, 24 de agosto de 2018
MEIO MILHÃO DE PESSOAS, NOVAMENTE RECEBENDO COMO POLÍTICA PÚBLICA, O MEDO, A DOR, O DESESPERO E A COVARDIA
Vocês que não são de dentro do Complexo do Alemão e do Complexo da Penha, ou de favela/periferia, não fazem ideia do terror que está aqui hoje.
MAS VOCÊS PODEM AJUDAR A FREAR ISSO! POR FAVOR!
Há casas sendo invadidas e destruídas. Crianças sendo revistadas. Celulares tomados e conversas/privacidade sendo desrespeitadas. E pior, pessoas agredidas e muitos assassinatos, inclusive a facadas.
Não acredito que a humanidade tenha chegado a esse ponto de desumanização, ou seja tola o suficiente para acreditar que violência, algum dia, poderá construir qualquer perspectiva de paz;
Essas ações violentas chamadas de busca por "Segurança Pública" só alimentarão mais e mais o caos que temos vivido neste sociedade, enquanto cariocas, enquanto brasileiros, enquanto seres humanos.
Estou reparando que estamos gritando alto, mas quem pode intervir, se mantém em silêncio. Eu não sei o que está acontecendo com essa sociedade, ainda mais com as pessoas próximas a mim, a essas duas favelas que são o Complexo do Alemão e o Complexo da Penha.
É triste sangrarmos nessa justificativa bizarra de "guerra às drogas", quanto todos e todas sabemos que não é atacando as favelas que se construirá solução sobre essa questão.
Não é na favela que essas drogas nascem. E não é aqui que estão as poderosas fábricas de armas. Duas frases que já são até clichê, mas que precisam ser ditas, pois são tão óbvias, porém parece que as pessoas escolheram fingir que não entenderam... Isso é preconceito conosco. É ser menos humano, humana, com você mesmo/a.
E agora? Há corpos no chão, de todos os lados de uma batalha que já se inicia perdida. E nós, Complexo do Alemão e da Penha, mais de MEIO MILHÃO DE PESSOAS, novamente recebendo como política pública, o medo, a dor, o desespero e a covardia.
É isso que vocês querem para essa cidade?
É isso que vocês querem para esse estado?
Jamais vou aceitar violência como solução para violência. Muito menos o sangue pelo sangue. Essa sociedade já insisti nisso fazem anos, mas as coisas só ficam piores.
Não esqueçam:
> Gastaram milhões com a UPP.
> Gastão bilhão com a intervenção.
Quantas escolas foram construídas?
Quantas moradias melhoradas?
Quantos esgotos a céu aberto tratados e fechados?
Quantas vezes o estado invadiu a favela com 4 mil professoras e professores? Ou com 4 mil treinadores e treinadoras de diferentes esportes?
Começou às 4h da manhã...
Eu saindo de casa, vi a vizinha idosa saindo e avisei: o exército está entrando na favela.
Ela já quase chorando diz: "ai meu Deus, de novo não. Você vai descer agora? Posso ir com você? Eu preciso chegar no trabalho, tomara que esteja passando ônibus, pois eu tenho que estar as 5h25 no Centro".
Ela só queria não se atrasar, para não perder o lugar onde ela tira o pouco que vira o todo do lar. Tem noção disso?
É óbvio que a pessoa tem medo. Ela poderia dizer que não ia descer, até porque lá na pista, quando saímos do beco haviam uns 20 fuzis apontados para nós.
Mas descemos, eu e ela tremendo. Cada um tendo que fazer escolhas menos piores, ou que interfiram menos em sua vida já difícil. Ou seja, precisar chegar ao trabalho como escolha dela, mesmo que tenha que passar pelo risco iminente de tiroteio.
Sabe porque? É que aqueles e aquelas que não vivem na favela, não sabe os significados e escolhas diversas que precisamos fazer o tempo inteiro, no cenário da sobrevivência. Ou seja, patrão não quer saber, manda embora mesmo, a tia, ou o tio que chegou atrasado ou faltou, porque a bala voou antes mesmo do galo cantar.
Hipocrisia do caralho, sabe?
Sociedade de merda, sabe?
Aquela sensação ruim de não ter muito o que fazer e pior, sentir que a maioria só observa enquanto a gente agoniza.
Parecem esperar nosso último suspiro.
Eu não tenho medo de polícia, exército, operações e etc.
Eu tenho medo de vocês, que ficam em silêncio, quando poderiam e deveriam gritar. Ainda mais quando tem muito mais privilégios que a nossa realidade aqui da favela.
NOSSAS VIDAS IMPORTAM. E isso ninguém vai tirar da minha cabeça.
#NósporNós #FavelaSempre