quarta-feira, 2 de novembro de 2016
segunda-feira, 24 de outubro de 2016
NOVO SISTEMA ECONÔMICO PARA DERRUBAR A GANÂNCIA CAPITALISTA
A web deve dar origem já nas próximas décadas a um novo
sistema econômico com base em trocas e colaboração.
PERDEU TIO SAM: PARA O BIÓFILO RIFKIN, CHINA E ALEMANHA
SERÃO AS GRANDES POTÊNCIAS DA NOVA ECONOMIA
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FOTO: ULF ANDERSEN/GETTY
IMAGES
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Nos últimos 300 anos, o mundo passou por duas revoluções
industriais: a primeira liderada pela Inglaterra no fim do século XVIII, e a
segunda, pelos Estados Unidos, algumas décadas depois. O pioneirismo transformou
esses países em potências mundiais.
De acordo com o pensamento do economista norte-americano
Jeremy Rifkin, foi dada a largada para uma nova corrida industrial entre as
nações, e desta vez a Alemanha saiu na frente. Guru de executivos e chefes de
estado, como a alemã Angela Merkel, Rifkin explica em seu último livro, The
Zero Marginal Cost Society: The Internet of Things, the Collaborative Commons,
and the Eclipse of Capitalism (A sociedade do custo marginal zero: a internet
das coisas, os bens comuns colaborativos e o eclipse do capitalismo), como a
internet das coisas está dando origem à economia do compartilhamento, que
deverá superar o capitalismo até a metade do século.
P: O senhor diz que o capitalismo vai ser colocado em
segundo plano pela economia colaborativa (ECONOMIA SOLIDÁRIA). Muita gente se
assusta com a ideia de um mundo onde o capitalismo não é o único caminho?
Sim, mas talvez o mesmo tanto de pessoas ache essa
possibilidade intrigante e mesmo esperançosa. A sociedade do custo marginal
zero: a internet das coisas, os bens comuns colaborativos e o eclipse do
capitalismo. Ela é o primeiro sistema econômico a emergir do capitalismo desde
o socialismo no século XX. Nós viveremos em um sistema econômico híbrido,
composto pela economia de troca no mercado capitalista, e pela economia do
compartilhamento.
P: O senhor considera o capitalismo obsoleto para as
necessidades atuais?
De tempos em tempos, novas revoluções tecnológicas emergem
para gerenciar mais eficientemente a atividade econômica. Creio que agora
estejamos em um longo e perigoso “fim de jogo”, um pôr do sol da segunda
revolução industrial. Em 1905, 3% da energia era utilizada na cadeia de
produção e 97% era perdida. Em 1980 tivemos um pico de 18% de eficiência, e
parou nisso. Estamos empacados. O que está acontecendo agora é que estamos no
curso de uma terceira revolução industrial. A internet das coisas vai conectar
campos de agricultura, linhas de produção de fábricas, lojas de varejo e
armazéns, veículos autônomos e casas inteligentes. É uma transição épica, que
pode conectar a raça humana inteira em tempo real e nos mover para uma
produtividade extrema, com custo marginal baixo ou mesmo zero em todos os
setores da economia.
P: O senhor acha que os Estados Unidos continuarão sendo a
maior potência nesse novo sistema?
Os líderes agora são a Alemanha e a China. Os chineses
entenderam que os britânicos lideraram a primeira revolução, e os
norte-americanos, a segunda, e que essa era a chance deles.
P: O senhor sugere que essa transição de paradigma do
capitalismo para os bens comuns colaborativos (solidários) vai ocorrer de
maneira suave, e não como as grandes revoluções políticas que já acompanhamos.
Não existem pessoas e instituições interessadas em estancar esse processo de
mudança?
Há interesses poderosos, governos e indústrias querem ter
voz, mas o que realmente me preocupa são as companhias de internet. Eu adoro o
Google, uso todos os dias, mas ele já assume a forma de um monopólio global. O
mesmo acontece com o Facebook. A pergunta é: o que fazer? No século XX,
mantivemos no mercado privado companhias de eletricidade, telefônicas,
gasodutos, coisas de que todos precisavam – mas regulamos suas atividades por
meio do governo. Seria ingênuo acreditar que essas empresas privadas tão
grandes e importantes, que estabeleceram bens de que gostamos e que queremos,
não serão reguladas por alguma forma de autoridade global.
P: No livro, o senhor concebe essa nova sociedade como uma
“civilização empática global”. Por quê?
O que está acontecendo é uma mudança fundamental na forma
como as gerações mais novas pensam. Não se trata apenas de os jovens estarem
produzindo e compartilhando seu próprio entretenimento, notícias e informações,
eles também estão começando a compartilhar todo o resto – carros, roupas,
apartamentos. A internet permite que eles eliminem os agentes intermediários
(atravessadores) e criem uma cultura do compartilhamento. As gerações mais
novas não querem ter um carro, isso é coisa do vovô. Os millenials das gerações
mais novas querem acesso, e não posse. Eles estão realmente começando a ver a
si próprios como parte de uma grande família humana, e as outras criaturas em
certa medida também como parte dessa mesma família.
DICIONÁRIO RIFKIN
Entenda alguns dos conceitos
mais usados pelo economista
TERCEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL:
processo desencadeado pela internet das coisas, liderado pela Alemanha e pela
China. Deve promover níveis de produtividade e eficiência energética sem precedentes,
reduzindo os custos de bens e serviços e consolidando a economia do
compartilhamento e dos bens comuns colaborativos (solidários).
CUSTO MARGINAL: conceito
econômico que se refere à variação no custo total de produção quando se aumenta
a quantidade produzida de bens. O custo marginal zero representa uma situação
ideal de produtividade, na qual se pode fabricar mais objetos sem pagar mais
por isso, reduzindo drasticamente o valor final do produto, que pode até ser
compartilhado gratuitamente.
CIVILIZAÇÃO EMPÁTICA: termo
criado para se referir à nova civilização que Rifkin acredita que deverá surgir
a partir do processo de transição pelo qual estamos passando. Trata-se de uma
mentalidade não mais adaptada ao capitalismo, mas à economia do compartilhamento
(economia de solidariedade ou fraternal). É uma visão que concebe a humanidade
como uma única família e o planeta ou a biosfera como a comunidade que se
compartilha.domingo, 2 de outubro de 2016
O TRABALHO E A ARTE DE VER
Ubirajara Rodrigues da Silva
A palavra trabalho é originária do latim tripalium; “castigo”. Etimologicamente
esta palavra bem representa o quão torturante ela o é para muitas pessoas nos
tempos atuais, não diferenciando do pelourinho, que no Brasil escravocrata, se
mantinha em lugares centrais e públicos, estacas fincadas no chão, tais quais troncos
para castigar escravos, ao contrário da Idade Média na Europa aonde esse
artificio servia para castigar criminosos.
Infelizmente o trabalho no Brasil tem sido
motivo de insatisfação e desilusão, principalmente para os estratos sociais
situados na base da pirâmide social. Pouquíssimas são as pessoas recompensadas
e realmente satisfeitas com os resultados do seu trabalho para as suas vidas. Assim
não há como interpretar o trabalho como algo simplesmente engrandecedor ou
mesmo dignificante no seu estágio atual brasileiro. Entretanto se sabe é que o
trabalho enquanto promotor de condição para sustentação material do individuo
humano na sociedade dita civilizada, no decorrer dos séculos sempre manteve
tensa relação entre dominadores e dominados. O modu operandi do trabalho mudou,
mas essa força de trabalho continua servindo às classes sociais hegemônicas. E,
mesmo com todas as profundas transformações inseridas no seu contexto, o
trabalho no Brasil não deixa de seguir padrões politicamente desfavoráveis para
as classes trabalhadoras que não são treinadas e também qualificadas nos
padrões tecnológicos dos países dominantes. Nisso a importância da escola torna-se
fundamental enquanto espaço de implementação de dispositivos pedagógicos
capazes de atuar para o empoderamento do educando. Empoderamento esse, acompanhando
as transformações cabíveis nos setores da produção tecnológica, que, propõe e
direciona para a construção de procedimentos didáticos compatíveis com as
realidades em curso. É nessa movimentação onde há o choque de preceitos
doutrinários sociais, político, econômicos, artístico, etc. em debates, que se injeta
não somente a necessidade, mas o direito das classes desfavorecidas também
tomarem parte, para com legitimidade influenciarem nos processos decisórios.
Desde Sócrates, Platão e Aristóteles achavam
que é preciso encontrar explicações para a realidade do mundo nele mesmo e não
na religião ou na mitologia.
Seguir uma linha de raciocínio em que
personagens como Sócrates, Antonio Gramsci (educação/cultura), Marx (economia),
Paulo Freire (educação), Pablo Picasso (pintura), Candido Portinari (pintura), Tarsila
do Amaral (pintura), Piaget (educação), Villas-Lobo (música), dentre outras personalidades
evidentemente mais representativas das tendências e influências europeias na cultura
brasileira, de um lado, do outro, as influências africanas e indígenas naturalmente
popularizadas.
Ao contrário
do comentário acirrado da cultura
do caos , na prática ,
dentro da região
para onde
jorram os efeitos dos defeitos da convivência social , no pensamento
dos filhos de gerações anteriores ainda cabe um alerta de que a
sua realidade
pode ser alimento de redenção capaz
de conduzir a um
sentimento de autocrítica ,
superando o simples traço
em preto
e branco sobre
a superfície vazia
do papel , produzindo o que
é vantajoso para
manter o senso
de proporção e equilíbrio .
Isso acontece se lhe
é passado capacitação
para admirar a arte ou a técnica , a iluminação
ou as sombras ;
quando lhe
é passado noções
de que tudo
pode ser criado
com maestria
e segurança , sabendo que
a verdadeira noção de beleza
pode resultar da capacidade
de exprimir desenvolvida
pela pessoa , por mais rudimentar ou simples que
sejam os instrumentos usados, mesmo construídos de artefatos
encontrados no lixo .
Essa prática segue
na trilha da inclusão
de atitudes qualitativas, dando maior consistência à ideia
da “arte de viver ”
acrescentado da “arte de ver ”
por intermédio
do exercício do olhar
mais aguçado para
a realidade circundante. Assim
trabalhada a sensibilidade artística , os exageros
do cotidiano – que
podem ser sutis e muitas vezes
tapados pelo hábito
da pessoa de não
ser educada para perceber as sutilezas
– deixam de retardar a possibilidade de se firmar na coletividade
a existência de um
imaginário útil
para o desenvolvimento
local .
Exemplo
visual desse exercício :
CAVALOS
COMENDO LIXO (visão
real ) –
uma aberração cotidiana nas favelas e nos bairros populares .
Imagem real
(tão comum )
despercebida e perversa
(o hábito é uma cortina
espessa condutora dos olhares à inacessibilidade
do entendimento da realidade
refletora da doença social ,
política, cultural, econômica , filosófica).
CAVALOS
EM HABITAT AMENO
(concepção Arte de Ver) Irrealidade não
idealizada no cotidiano das favelas ,
bairros populares .
Aqui os olhares
são levados
a perceber e a interagir numa realidade de entendimento saudável ,
política , cultural, econômica ,
filosófica.
Visão
real: Rio Faria Timbó poluído, completamente inerte, que além de estagnadas as
suas águas outrora límpidas, contribui para a enfermidade do local que perde o
impulso de se desenvolver.
Rio
despoluído e economicamente viável, possibilitando que a comunidade o use de
vários modos positivos para o desenvolvimento local, preservando a saúde do
meio ambiente.
Os painéis acima expostos são oriundos do
exercício da Arte de Ver com alunos da Oficina Portinari Manguinhos/Casa Viva Redeccap.
sexta-feira, 1 de abril de 2016
E DEPOIS DA PACIFICAÇÃO ?
Neste momento de inquietação política maior, em que os
famigerados interesses políticos egoístas deste triste país, para completar a
vergonha nacional, no Rio de Janeiro, atuam na contramão da tal “pacificação“, a fazendo escorrer para o ralo como água
podre, colocando em risco a vida de milhares de moradores de favelas e bairros
populares, que normalmente, por anos a fio são criminalizados, sofrendo as
piores mazelas psicológicas, privadas que já são de liberdade de expressão mais
direta, porque estão submetidos à indignação no meio do fogo cruzado entre a “lei”
e os “fora da lei”.
Em 2011, no advento da tal “pacificação“, o falecido líder comunitário
e membro do Instituto Biófilo Multiversal, José Rodrigues, inspirado pelas
possibilidades que essa ideia esboçava, vislumbrando dias melhores para as
favelas, chegou a desenhar planos condizentes com autodesenvolvimento local, sonhando com um
Brasil melhor. Seria tudo utopia? Pois
bem, neste vídeo, produzido em 2011, logo no início da ideia que se
divulgava sobre a tal "pacificação" nas comunidades de favelas do Rio
de Janeiro, ouça as palavras desse homem que durante toda a sua curta vida na
Terra lutou pela melhoria da sua comunidade. Infelizmente, no decorrer desses
anos a situação somente recrudesceu, e, meu irmão José , já vai completando
três anos que levou para o além a utopia de ver as comunidades felizes.
Saudações biófilas!
sábado, 12 de março de 2016
ESTEREÓTIPO CRIMINOSO
MATANÇAS DE JOVENS NAS FAVELAS E CADEIAS TÚMULOS DE MORTOS-VIVOS É A SOLUÇÃO? (Youtube censura vídeo realista)
Num país historicamente ainda jovem que carrega consigo uma carga de acusações imensas de atrocidades cometidas contra o povo pobre, que finda se transformando numa espécie de válvula de escape dos desgovernos implantados via processos eleitorais sofistas, a insanidade, parece estabelecida. Num país assim, que quase dizimou todos os indígenas, a ganância assassina continua afogando nesse seu próprio pus, seres nascidos e nutridos nesse seu próprio pus ao invés de aperfeiçoar sua sofrida democracia ainda deitada num berço nada esplendido. Até quando essa ferida colonialista escravocrata persistirá manchando Nossa História? Quando o Brasil conseguirá sair deste obscurantismo que o fundou há quinhentos e poucos anos atrás? Até quando todo esse pus continuará alimentando varejeiras? De fato toda essa tristeza faz parte do seu processo de afirmação e confirmação de uma nação?
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