Foi em 2001. Nessa ocasião, num certo dia fui convidado pela minha
amiga, psicóloga Liliane Gomes de Cunha para acompanhá-la na
ida à favela Mandela de Pedra, lugar mais pobre do
Complexo de Manguinhos, construída ao longo das margens do poluidíssimo rio
Farias Timbó, no município do Rio de Janeiro. É nessa área onde se encontra a
maior incidência de doenças pulmonares. Era preciso matricular pessoas adultas
dessa comunidade num projeto de alfabetização do SESI em
parceria com a OSCIP RedeCCAP. Cada matriculado tinha direito a uma
cesta básica com alimentos mensalmente. Pois bem, no dia seguinte ela retornou
sozinha até a uma casa cuja moradora ausente no dia anterior, de acordo com os
vizinhos estava adoentada. Liliane contou-me ter a mulher se aproximado dela
lhe mostrando uma panela com uns restos de carne dizendo que ela e o marido
desempregado para não verem os filhos
morrerem de fome mataram um rato gordo. Aliás os ratos realmente são gordos nas
regiões pobres do Rio de Janeiro. Enquanto mais miserável os lugares por aqui,
mais gordos são os ratos e as baratas. Tenho observado isso. Será que os ratos
daqui são como os de lá da Índia, sagrados tais quais os bois e as vacas? Os
portugueses e os espanhóis com suas caravelas foram os principais disseminadores
dos ratos nas suas colônias. Conforme a revista Super Interessante ”O
pior amigo do homem”, eles devoravam as comidas da tripulação que
para aliviar o tédio os caçavam e até os transformavam em refeição. Hoje, o
povo irulas, na Índia os capturam e cozinham sem se preocuparem com doenças.

Assim como os cachorros são apegados aos humanos, do mesmo modo são os ratos, conforme diz o zoólogo americano Anthony Barnnett, professor da Universidade Nacional da Austrália, autor do livro The Story of Rats (A história dos ratos), os ratos convivem com a humanidade pelo menos uns 10.000 anos. Admite que no decorrer desse tempo ele tenha dado um salto evolutivo, e conseqüentemente aprendeu muito sobre nós, assim, desenvolveu truques tornando possível a convivência com o humano, mesmo sempre se escondendo. A humanidade, na tentativa de se livrar desses roedores, percebeu a utilidade dos gatos na caça deles. Gato, na antiga mitologia grega era considerado divindade.

Assim como os cachorros são apegados aos humanos, do mesmo modo são os ratos, conforme diz o zoólogo americano Anthony Barnnett, professor da Universidade Nacional da Austrália, autor do livro The Story of Rats (A história dos ratos), os ratos convivem com a humanidade pelo menos uns 10.000 anos. Admite que no decorrer desse tempo ele tenha dado um salto evolutivo, e conseqüentemente aprendeu muito sobre nós, assim, desenvolveu truques tornando possível a convivência com o humano, mesmo sempre se escondendo. A humanidade, na tentativa de se livrar desses roedores, percebeu a utilidade dos gatos na caça deles. Gato, na antiga mitologia grega era considerado divindade.
Pois bem, a foto abaixo, de autoria de Fabiana Zanni em visita à Índia, mostra
ratos num templo aonde em contato harmonioso com humanos são cultuados.
Os ratos daqui são iguais aos lá da Índia?
Imagem captada do vídeo Favela, produzido pela RedeCCAP em 1997, Manguinhos que mostra uma grande enchente sofrida pela região em decorrência do transbordamento do Rio Faria Timbó devido a forte chuva.
Por Ubirajara Rodrigues
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