Diante
de uma série de fatores acontecidos no decorrer do longo percurso de transição
pelo qual o Brasil vem passando é observado o quanto as classes dominantes
neste país têm a ferro e a fogo defendido os seus quinhões. E contra quem as interpelam
tomam as mesmas posições dos corruptos em todos os níveis que engordam a
criminalidade e mancham o bom senso nacional. Digo isso, devido eu ser
integrante das classes mais ferradas e oprimidas, afastadas dos reais
benefícios sociais, políticos, econômicos, financeiros, etc. Escrevo assim
porque sofro na pele os reflexos dessa situação a vida inteira. Nas
interpelações, dentre tantos outros personagens dos mais e menos conhecidos até
os mais desconhecidos, sambaram idealistas tais quais Zumbi, Tiradentes, Pedro
II, João Pessoa, passando por Getúlio Vargas, João Goulard, Castello Branco, Juscelino Kubitschek, Petrônio Portela e Tancredo_Neves,
aliás, sobre a enfermidade que o levou à morte sem poder tomar posse como o
primeiro presidente civil brasileiro após a ditadura em 1985, conforme comenta o historiador e pesquisador médico Luis Mir, autor da obra "O Paciente" (alusiva aos 30 anos da sinistra
morte de Tancredo): "Ele poderia ter tomado posse" (...) – caso
Tancredo uma nova investigação a caminho - "Vamos requerer a reabertura ao Conselho Federal de Medicina aaos conceslhos regionais de São Paulo e do Distrito Federal. A sociedade teo o direito de conhecer os processos éticos e disciplinares das sindicâncias anunciadasà época" (...) ... Mir admite que ainda há lacunas em aberto trinta anos depois. Nessa trajetória, Ulisses Guimarães, promulgador
da Constituição Cidadã de 1988, que, até 2013 já tinha sido modificada
80 vezes, este não fica de fora. Dele, nem em túmulo ou mesmo por
meio de algum vestígio de cinzas no ar é possível encontrá-lo, isto porque seu
corpo jamais foi encontrado, num acidente cujos corpos de sua esposa Dona Mora,
de Severo Gomes e
esposa e do piloto foram encontrados, velados e sepultados. E a história
sangrenta envolvendo o governo populista de Fernando Collor de Mello? Collor
foi aquele que travou luta contra a exploração dos
“descamisados, os boias-frias, gente miserável, trabalhando em condições piores
que escravos”. Ele golpeou a festança financeira de uma minoria colaboradora
para a existência de uma inflação de 84% ao mês Para Collor a ideia era
estabilizar a economia. Para tal fazia-se necessário o “controle da circulação
do dinheiro na economia por meio do bloqueio da poupança privada” comenta Luís
Nassif em matéria na FOLHA DE S.PAULO:15 ANOS DEPOIS-Bloqueio de cruzados era inevitável,
diz Collor. Leia mais. Esse governo ainda teve de
conviver com as estripulias do seu contador Paulo César Farias. Este teria sido bucha do processo obscuro da política de porão existente
de então? Até
hoje, diante
desses dissabores, ficamos perguntar para nós mesmos, para onde este trem vai
tem sentido vida lá existir ou faz parte normal da evolução de tudo isso se
manifestar em função do aprimoramento da democracia e das relações
humanas no Brasil? Assistimos
estupefatos o estranho episódio do candidato a presidência da república, Eduardo Campos
que por pouco não falece na mesma data do seu nascimento, morte a qual Pedro
Simon comparou
com a de Ulisses Guimarães, que teria sido eliminado pela CIA, conforme publicação
do jornalista investigativo norte-americano Wayne
Madsen. Desenrola Brasil.
Não parece nada, não aos olhos da esmagadora maioria da pobreza desinformada e
desinteressada deste país, mas é chocante e vergonhoso saber que um dentre
outros fatores da realidade, atravancador do desenvolvimento, é o fato de
apenas os 10% mais
ricos no Brasil fisgar 75% da riqueza nacional.
Neste percurso, e, no embate dos acontecimentos Lula é apenas uma teoria distante de
concretamente representar alguma ameaça diante da perigosa hegemonia das
egoístas classes dominantes deste país. Lula é apenas o primeiro representante
proveniente direto das classes miseráveis a fixar seu nome na história do presidencialismo brasileiro.
A verdade constitui-se na certeza de termos todos, de um modo ou de outro uma
vida a zelar. Essa vida é a vida de cada um de nós mesmos, embalada pelos
nossos sonhos e nossa vontade profunda de continuar existindo, mesmo tendo
noção da ideia das coisas terem de passar por estágios coerentes com sua
natureza especifica. Antonio_Rezk aprofunda uma reflexão a esse respeito no
artigo “Uma potência de
nova espécie”. Disso o Brasil também não escapa. Entretanto temos que arcar
com a responsabilidade de monitorar dentro da percepção de que situações
emblemáticas naturalmente existem nesse processo, mas têm limite. Os abusos não
podem ser uma permanência aproveitadora dessa naturalidade. Participemos com
ímpeto de luta nessa transição pelo bem estar nacional ou seremos forçados a
enfrentarmos a própria ebulição do caos que pode se antecipar e cair como uma
pedra sobre nós. Teremos que reaprender tudo com o caos de modo muito mais
tortuoso? Pois por enquanto caem cinzas de vulcão e, nos resta batermos com
mais força nossas asas de borboletas para afastar essas cinzas.
por Ubirajara Rodrigues

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