domingo, 6 de julho de 2025

LÍNGUA ESTRANGEIRA ATRAPALHA QUEM ESTÁ NA BASE DA PIRÂMIDE SOCIAL DE ASCENDER AOS CURSOS SUPERIORES NESTE PAÍS?


Ubirajara Rodrigues da Silva*

Significativa quantidade de candidatos e candidatas às vagas para os cursos de graduação e pós-graduação (mestrado e doutorado) no Brasil, está desistindo porque não domina inglês, francês ou espanhol. Lá na Inglaterra, França ou Espanha, nesses países e em tantos outros países soberanos e desenvolvidos, principalmente naqueles que não foram colonizados, inexiste esse tipo de exigência de língua estrangeira para quem estuda poder prosseguir na trilha do conhecimento. Língua estrangeira deveria ser importante, mas enquanto reforço cultural, menos empecilho para quem não tem o dom linguístico ou não quer saber de aprender língua estrangeira alguma, porém apenas saber usar a língua nacional o melhor possível. Aqui entre nós, língua estrangeira somente seria eliminatória em se tratando de áreas envolvendo relações internacionais, cujo uso seja imprescindível, como por exemplo na diplomacia.

Estamos no Brasil, e, pelo que se sabe, nos comunicamos internamente via somente um idioma: o português, diferentemente de vários países como por exemplo no continente africano, que por conta da colonização inglesa ou francesa, ou mesmo o português, por lá, alguns desses países usam cotidianamente a língua invasora e suas tradicionais línguas – ironicamente por muitos anos encaradas como dialetos –, por isso são povos chamado de bilíngues, mas no Brasil isso nunca existiu, a não ser os povos originários que se comunicam em suas línguas, mas que também aprendem a língua nacional, o português.  

Ao se deparar com essa obrigatoriedade nas universidades, se tem a impressão que o nosso país perdeu a força de sua língua nacional, que, também possui a função de unir culturalmente o Brasil. Ninguém que não vai prestar prova para uma área cuja língua estrangeira seja imprescindível, deveria passar pelo vexame de ser barrada ou barrado na universidade apenas porque não conseguiu pontos suficientes em língua estrangeira (principalmente inglesa). Nisso, as classes de baixa renda ficam em grande prejuízo, devido não possuírem dinheiro nem apoio de ninguém para desde criança terem estudos extras de línguas, principalmente inglesa. Isso para a classe média é fácil, e, muito mais fácil para uma minoria rica, levando em conta que muitas das suas criancinhas estudam em colégios caríssimos, habituados a praticar intercâmbios internacionais, que lhes proporcionam fluência em línguas, principalmente inglesa. Quando chega o tempo de cursar a universidade, a proficiência em línguas desse pessoal é plena, que por intermédio de comprovações com facilidade o isenta dos exames de línguas, coisa que quase totalidade do pessoal pobre, não tem condições para tal, tendo que se arriscar à eliminação, por não ir bem no exame de língua estrangeira. Isso se transformou numa situação dramática, silenciosa. Ninguém fala a respeito. Nenhum político até hoje sequer apresentou projeto de lei reguladora dessa questão.

Sabe-se, nesse silencio, que, uma das desculpas para permanência da obrigatoriedade de língua estrangeira – quesito eliminatório – é, que, material literário de pesquisa, se encontra em língua estrangeira, principalmente em inglês. Ora, diante disso, em contrapartida, cogita-se, em tendo lei reguladora, obrigar-se-ia a tradução de obras estrangeiras passíveis de pesquisas, proporcionando assim oportunidade para profissionais da tradução juramentada poderem atuar junto aos órgãos públicos da educação e cultura, editoras, e, setores afins.

É necessário acabar com essa barreira linguística dentro deste país monolíngue. Cogita-se que no Brasil, apenas 1% da população fale fluentemente inglês. Quanto fluência em [i]outras línguas, o percentual deva ser bem menor. Quem vai acabar com essa imposição que atrapalha, principalmente quem está na base da pirâmide social de ascender aos cursos superiores neste país?


*Artista plástico e historiador


segunda-feira, 7 de abril de 2025

ISOLEMOS OS ESTADOS UNIDOS. ELES SE VIRAM SOZINHOS ENTRE ELES NUMA REDOMA! Conversa entre amigos do bloco unidos de la ficção.


- Deixe os Estados Unidos se virar sozinho, pô!

- Deixemos de lado os princípios comerciais regidos até agora nas relações com eles!

- Negociemos entre nós mesmos sob novos princípios comerciais. Se eles quiserem entrar que entrem, mas sob novas diretrizes humanitárias.

- A economia deve vigorar sob a égide colaborativa sem moeda hegemônica pendente para beneficiar um lado somente como tem sido até agora com o dólar que verte lucros extorsivos para USA...

- Que as nossas moedas alcancem maior poder de compra nos limites dos nossos países

- Os estadunidenses que se virem!

- Isolem-se!

- Temos condições de nos isolarmos deles.

- Ignoremos esses governos insensatos. Que se atritem entre eles...

- Bomba atômica? Isso foi somente sobre o indefeso Japão daquela época!

- Eles não são donos nem polícia do mundo!

- Seria melhor construírem uma redoma de proteção ultra resistente, porque não teriam dispositivos antiaéreo de defesa capazes de bloquear inúmeros mísseis sendo disparados sobre eles numa sequência milionésima de segundos ou em menos tempo entre um disparo e outro.

- Nosso público consumidor soma bilhões de pessoas ao redor do mundo!

- Deixemos os Estados Unidos se ferrar lá entre a ambição doentia deles!

- Atualizemos nossos mercados comuns em função de uma Nova Ordem Mundial de fato...

- Não nos preocupemos se USA quer ou não ingressar nisso!

- Não pode somente os ricos usufruírem do bem-estar!

- Abaixo a hipocrisia liberal de mercado: maldade que mata de fome 
milhões de pobres pelo mundo afora! 

terça-feira, 30 de abril de 2024

AGENTES HUMANITÁRIOS INTERNACIONAIS DEVERIAM OCUPAR GAZA PARA EVITAR QUE ISRAEL MATE MILHARES DE INOCENTES

    Por causa da morte de mil e poucos israelitas, vítimas de ataque do Hamas, Israel que já matou por volta de 30 mil habitantes de Gaza, maioria crianças e mulheres, a qualquer momento pode matar mais inocentes em Rafah, no extremo-sul da Faixa de Gaza, onde centenas de milhares de pessoas caminham desnorteadas a procura de comida e abrigos. Se vacilar, o holocausto do povo de Gaza pode chegar a milhões de mortes desnecessárias. 
   As ditas potências ocidentais muito falam pela paz mas continuam financiando armas letais. 
    A atitude mais eficaz para inibir os ataques seria esses países mandarem agentes humanitárias ocuparem Gaza a fim de prestar diretamente assistência humanitária ao povo palestino de Gaza em apuros.

quarta-feira, 29 de novembro de 2023

A VIOLÊNCIA ESTÁ NO PROJETO CAPITALISMO - a voz da experiência de um militante do Movimento das Comunidades Populares (MCP), José Bezerra de Araújo, morador de Manguinhos, RJ.

 


“A gente vive um modelo falso de sociedade no qual, até essa palavra, sociedade, é uma mentira. No sistema que a gente vive tudo é feito para controlar o povo com mentiras. Mentiras que existem para as pessoas não verem as causas dos problemas. As pessoas só conseguem ver as consequências dos problemas que vivemos. A situação é muito complexa. O modelo econômico é esse que está aí mesmo. No projeto capitalista está a violência. A violência é a forma de manter as pessoas acuadas sem capacidade de reagir, incapaz de fazer alguma coisa. Isso aí está no projeto capitalista. Então, todos que entram para administrar por meio de eleições, é, para administrar isso. As eleições são uma farsa sobre a democracia no Brasil. Nunca existiu democracia no Brasil. Todas as pessoas que assumem a administração pública até falam nesse assunto antes da eleição, mas depois que chegam lá, trabalham nesse projeto capitalista. Então, esse projeto capitalista, é, cada vez mais, arrochar um pouquinho mais, e, a violência é uma forma de diminuir essa população sobrante, a qual o sistema não está mais precisando. Quanto mais enfraquecer essas classes, melhor para o controle. Diante de tudo isso, é muito importante termos os pés no chão, e, se quiser fazer alguma coisa, é um trabalho a longo prazo. Eu não vejo solução a curto prazo. Esse tem de ser um projeto a longo prazo, que é preciso ir para as bases. Semana passada teve um economista do IPEA aqui (Carlos Ocké), Ele foi muito claro. Ele disse que só a sociedade pode dar jeito nessa situação que a gente atravessa. Estou com os pés no chão para trabalhar. Estou com 70 anos, não sei por quanto mais tempo eu vou viver, mas enquanto eu respirar, eu vou está trabalhando para isso aí. Eu sei que e difícil, mas mais difícil ainda é não fazer nada.” 

Palavras de José Bezerra de Araújo, Conselheiro do CGI e militante do   MCP Manguinhos, na ENSP/Fiocruz, na reunião preparatória da oficina "Território, violências e cidadania” do grupo de trabalho da Fiocruz, construindo diretrizes para definição de uma política desta instituição para tratar das relações entre saúde e os diferentes tipos de violências que afetam a vida no Brasil. Mais um pouco da voz do Bezerra em https://www.youtube.com/user/enspcci

Entrevista ao Instituto de Estudos Libertários

  


segunda-feira, 27 de novembro de 2023

PASSAGEM SUBTERRÂNEA ESTAÇÃO DO METRÔ FLAMENGO/MORRO AZUL: DO DESCASO DO METRÔ RJ À INDIFERENÇA DA POPULAÇÃO

     Atualmente esta passagem é desprezada tanto pela Companhia do Metropolitano do Rio de Janeiro, que tendo responsabilidade administrativa sobre a área da antiga estação Morro Azul e atual Flamengo, talvez por discriminação social, não dá o tratamento adequado, ao contrário: por muitas vezes, arbitrariamente a mantém fechada, assim como também, significativo número de moradores da favela, que, talvez deixaria de arriscar suas vidas atravessando por cima pela Rua Paulo Sexto, se acontecesse uma tragédia. Isso já aconteceu, mas caiu em total esquecimento: foi o caso do Sr. Marinho que costumava sempre usar esse subterrâneo, até que o Metrô alegando segurança o fechou em 2003 e construiu uma tosca escada ao lado. Foi aí que o Sr. Marinho, ao atravessar a avenida sofreu uns arranhões de um veículo que o acertou. Foi parar no pronto-socorro, mas após esse incidente, adoeceu, vindo a falecer pouco tempo depois. Imagina-se que tudo isso veio a acontecer como decorrência do fechamento da passagem subterrânea. Na época o Sr. Marinho já era idoso. Eu o conheci, e, lembro de ter sido muitas as vezes que encontrava com ele passando com segurança pelo subterrâneo, e na caminhada até à estação do Metrô dava tempo para um bom papo. Mas isso são água passadas que não movem moinhos. O certo foi que, anos depois, quando se resolveu reabrir de má vontade a passagem subterrânea, infelizmente grande maioria dos passantes já estava condicionada a atravessar a rua em cima. Daí, com frequência, a administração da estação, sem explicar por qual motivo, não abre a passagem, assim colocando em risco principalmente as vidas das pessoas que ainda passam por alí. 

sexta-feira, 26 de junho de 2020

UM VÍRUS VEM LOUCO (fazendo revolução)



UM VÍRUS VEM LOUCO
de Ubirajara Rodrigues da Silva

OI, GENTE, O PLANETA TERRA ESTÁ PENSANDO NOS JARDINS QUE DEIXAMOS DE PLANTAR
SALGAMOS COM LÁGRIMAS TANTA BELEZA
SUFOCAMOS SEM PENA COM VÉU MORTAL A NATUREZA DE DEUS, DE TANTOS EUS
COISA QUE ESTÁ SENDO DESTRUÍDA COM ENORME INSENSATEZ, DA RAZÃO

VEM, VAMOS OLHAR PROFUNDO NOS OLHOS
ENTRELAÇANDO NOSSA ENERGIA
VEM, NA SONORIDADE DO AMOR
QUE QUER CANTAR, QUE QUER DANÇAR NA LEVEZA DO SER
BELEZA NATURAL, LIBERDADE É LEMA NA CABEÇA DA GENTE DE PAZ

VEM, VAMOS TRANSFORMAR O ÓDIO
DESCARREGAR A DOR
COLOCAR A VIDA NO PÓDIO
INSPIRANDO QUEM SOFREU E CAIU A LEVANTAR E LUTAR FEITO LUZ
QUE QUER CANTAR, QUE QUER DANÇAR NA LEVEZA DO SER
BELEZA NATURAL, LIBERDADE É LEMA NA CABEÇA DA GENTE DE PAZ

OI, GENTE, ESTÁ ROLANDO AGORA O TEMPO DO “NOVO NORMAL” (NUEVO ORDEN MONDIAL)
PRA TODO MUNDO EQUALIZAR OS CORAÇÕES
EVOLUIR
É ALGO CHAMANDO ATENÇÃO PRO VALOR DO AMOR
SABE QUEM É?
É UM NOVO VÍRUS QUE VEM LOUCO FAZENDO REVOLUÇÃO

sábado, 18 de janeiro de 2020

NACIONAL”ISMO” OU/E PATRIOT"ISMO” EIS A CONTROVÉRSIA.


*Ubirajara Rodrigues 

Estamos vivendo momentos confusos de formação de identidade nacional aparentemente crucial no processar histórico brasileiro. São escândalos republicanos sucessivamente acontecendo, e, o mais perigoso nessa transição forçada pelas circunstâncias (como o é o caso brasileiro); são as articulações engendradas pelos aproveitadores investidos de poder se arvorarem em apressar golpes sutis de cunho ideológico na tentativa de aprofundar tendências políticas afeitas a manter o país dividido em opiniões que contradizem a diversidade democrática numa sociedade plural tal qual o é a nação brasileira, mesmo já tendo passado muito sufoco na sua História, que vem sendo construída sob a égide do suor e sangue. Chegou-se ao ponto de levarem a opinião pública a inteira confusão inepta, de comparar estágios históricos passados, sob circunstâncias existenciais totalmente diferentes com fatos recentes de nossa história. Ora, por mais que a História do Brasil seja uma continuidade das histórias da Europa e da África, evidentemente, nessa movimentação ocupamos um espaço nacional geográfico no mundo, sobre o qual exercemos direta e indiretamente o nosso patriotismo. Deste modo, somos nacionalistas ao reconhecermos nossa brasilidade somada com toda sua diversidade sócio/econômico/étnico/cultural, guardando os seus matizes que nos fortalece perante ao mundo, enquanto povo formador de identidade plural: uma nação multiétnica sobre o solo pátrio brasileiro. Somos um conceito sui generis de formação nacional profundamente diferente das nações europeias, africanas, asiáticas, porque na atualidade brasileira se caminha tomando consciência da importância do potencial regional para o desenvolvimento local e sustentável eivado de sentimento nacional e pátrio como qualquer outro povo identificado com os seus ideais, suas bandeiras, suas capacidades; os Estados Unidos é assim, o Canadá é assim, a China é assim, o Japão é assim, a Inglaterra é assim, a Rússia é assim, a Finlândia, Angola, África do Sul, esses e tantos outros países são assim. Não nos deixemos levar pela onda de interesses escusos soltos por aí. Foquemos nas nossas ações territorializadas, em conexão universal pela sociabilidade e bem comum, e, na medida do possível evitemos os controvertidos “ismos” para não retardarmos ainda mais o nosso processo evolutivo nacional brasileiro. 

*Ubirajara Rodrigues é artista plástico, prof. de arte e cultura, historiador

Colabore para o Ubirajara fortalecer suas atividades culturais e sociais adquirindo seus escritos: ebook O Poder Místico de Anastácia e Copa do Outro Mundo.

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