segunda-feira, 20 de abril de 2015

NO ENFRENTAMENTO COM AS CLASSES DOMINANTES TODO MUNDO SAMBA?

Diante de uma série de fatores acontecidos no decorrer do longo percurso de transição pelo qual o Brasil vem passando é observado o quanto as classes dominantes neste país têm a ferro e a fogo defendido os seus quinhões. E contra quem as interpelam tomam as mesmas posições dos corruptos em todos os níveis que engordam a criminalidade e mancham o bom senso nacional. Digo isso, devido eu ser integrante das classes mais ferradas e oprimidas, afastadas dos reais benefícios sociais, políticos, econômicos, financeiros, etc. Escrevo assim porque sofro na pele os reflexos dessa situação a vida inteira. Nas interpelações, dentre tantos outros personagens dos mais e menos conhecidos até os mais desconhecidos, sambaram idealistas tais quais Zumbi, Tiradentes, Pedro II, João Pessoa, passando por Getúlio Vargas, João Goulard, Castello Branco, Juscelino Kubitschek, Petrônio Portela  e Tancredo_Neves, aliás, sobre a enfermidade que o levou à morte sem poder tomar posse como o primeiro presidente civil brasileiro após a ditadura em 1985, conforme comenta o historiador e pesquisador médico Luis Mir, autor da obra "O Paciente" (alusiva aos 30 anos da sinistra morte de Tancredo): "Ele poderia ter tomado posse" (...) – caso Tancredo uma nova investigação a caminho "Vamos requerer a reabertura ao Conselho Federal de Medicina  aaos conceslhos regionais de São Paulo e do Distrito Federal. A sociedade teo o direito de conhecer os processos éticos e disciplinares das sindicâncias anunciadasà época" (...) ... Mir admite que ainda há lacunas em aberto trinta anos depois. Nessa trajetória, Ulisses Guimarães, promulgador da Constituição Cidadã de 1988, que, até 2013 já tinha sido modificada 80 vezes, este não fica de fora. Dele, nem em túmulo ou mesmo por meio de algum vestígio de cinzas no ar é possível encontrá-lo, isto porque seu corpo jamais foi encontrado, num acidente cujos corpos de sua esposa Dona Mora, de Severo Gomes e esposa e do piloto foram encontrados, velados e sepultados. E a história sangrenta envolvendo o governo populista de Fernando Collor de Mello? Collor foi aquele que travou luta contra a exploração dos “descamisados, os boias-frias, gente miserável, trabalhando em condições piores que escravos”. Ele golpeou a festança financeira de uma minoria colaboradora para a existência de uma inflação de 84% ao mês Para Collor a ideia era estabilizar a economia. Para tal fazia-se necessário o “controle da circulação do dinheiro na economia por meio do bloqueio da poupança privada” comenta Luís Nassif em matéria na FOLHA DE S.PAULO:15 ANOS DEPOIS-Bloqueio de cruzados era inevitável, diz Collor. Leia mais. Esse governo ainda teve de conviver com as estripulias do seu contador Paulo César Farias. Este teria sido bucha do processo obscuro da política de porão existente de então? Até hoje, diante desses dissabores, ficamos perguntar para nós mesmos, para onde este trem vai tem sentido vida lá existir ou faz parte normal da evolução de tudo isso se manifestar em função do aprimoramento da democracia e das relações humanas no Brasil? Assistimos estupefatos o estranho episódio do candidato a presidência da república, Eduardo Campos que por pouco não falece na mesma data do seu nascimento, morte a qual Pedro Simon comparou com a de Ulisses Guimarães, que teria sido eliminado pela CIA, conforme publicação do jornalista investigativo norte-americano Wayne Madsen. Desenrola Brasil.
Não parece nada, não aos olhos da esmagadora maioria da pobreza desinformada e desinteressada deste país, mas é chocante e vergonhoso saber que um dentre outros fatores da realidade, atravancador do desenvolvimento, é o fato de apenas os 10% mais ricos no Brasil fisgar 75% da riqueza nacional.
Neste percurso, e, no embate dos acontecimentos Lula é apenas uma teoria distante de concretamente representar alguma ameaça diante da perigosa hegemonia das egoístas classes dominantes deste país. Lula é apenas o primeiro representante proveniente direto das classes miseráveis a fixar seu nome na história do presidencialismo brasileiro.

A verdade constitui-se na certeza de termos todos, de um modo ou de outro uma vida a zelar. Essa vida é a vida de cada um de nós mesmos, embalada pelos nossos sonhos e nossa vontade profunda de continuar existindo, mesmo tendo noção da ideia das coisas terem de passar por estágios coerentes com sua natureza especifica.  Antonio_Rezk  aprofunda uma reflexão a esse respeito no artigo “Uma potência de nova espécie”. Disso o Brasil também não escapa. Entretanto temos que arcar com a responsabilidade de monitorar dentro da percepção de que situações emblemáticas naturalmente existem nesse processo, mas têm limite. Os abusos não podem ser uma permanência aproveitadora dessa naturalidade. Participemos com ímpeto de luta nessa transição pelo bem estar nacional ou seremos forçados a enfrentarmos a própria ebulição do caos que pode se antecipar e cair como uma pedra sobre nós. Teremos que reaprender tudo com o caos de modo muito mais tortuoso? Pois por enquanto caem cinzas de vulcão e, nos resta batermos com mais força nossas asas de borboletas para afastar essas cinzas.

por Ubirajara Rodrigues


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